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O valor do silêncio na celebração

  • Nando LHP
  • 21 de ago. de 2017
  • 2 min de leitura

Os membros da comunidade eclesial, como pessoas inseridas no mundo, convivem com os mais diversos tipos de ruídos, que aos poucos os fazem esquecer-se do silêncio como caminho para um encontro com Deus, consigo mesmo, com o outro e com o mundo. Um antigo ditado afirma: “A palavra é de prata, mas o silêncio é de ouro”. Como um metal precioso, o silêncio deve ser observado antes, durante e depois da celebração dos Sacramentos. É um gesto que demonstra a disponibilidade de uma assembleia, que se congrega para a celebração do mistério eucaristico. Nos antigos rituais da Igreja, é possível encontrar várias passagens em que o diácono convidava a assembleia ao gesto de recolhimento dizendo: “Faça-se silêncio”. Nos novos rituais, nascidos a partir do Concílio Vaticano II, o silêncio também é previsto em vários momentos de uma ação litúrgica e é considerado como um modo de participação ativa e consciente de uma assembleia, pois este deve gerar comunhão entre os que celebram e o mistério celebrado. O silêncio antes da celebração auxilia na passagem de um mundo de ruídos para uma realidade que convida a um encontro com Deus. Motiva, naquele que toma parte de uma assembleia, a despojar-se de atitudes que por ventura possam motivar, nele, desvios que o tirem da presença do Senhor. Este silêncio preparatório é marcado pelo gesto da invocação do Espírito Santo, para que ele auxilie na compreensão e vivência do que será celebrado. Durante o rito de uma celebração, o silêncio vai costurando as suas diversas partes. Ajuda a assembleia a escutar a Palavra e a meditá-la, com o desejo de encontrar pistas para melhor viver o seguimento de Jesus, a responder as exortações como uma oração que brota do coração, a cantar manifestando a alegria de estar na presença do Senhor e a penetrar no mistério celebrado, de modo que este desperte novas atitudes em quem celebra. Como atitudes de conversão, de desejo de ajuda ao próximo, de inquietude com as realidades de miséria e de disponibilidade para o serviço da construção do Reino de Deus. As comunidades eclesiais em tempos de hoje devem educar-se para a prática do silêncio em suas celebrações, motivando nos fiéis atitudes de recolhimento, formando as assembleias para que elas encontrem neste gesto um caminho de encontro com o Senhor. O silêncio de modo algum na ação litúrgica deve ser compreendido como ausência de palavras, mas como um mergulhar na intensidade do mistério, que cada palavra pronunciada em uma celebração deseja revelar.


 
 
 

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