As catástrofes mostram a cara de cada povo.
- Nando LHP
- 12 de set. de 2017
- 2 min de leitura

As catástrofes naturais não escolhem Homens ou mulheres, negros ou brancos, pobres ou ricos, simplesmente acontecem. Nos últimos dias escutamos em nossos noticiários sobre o furacão Irma, que é o maior furacão já registrado na História do Oceano Atlântico.
IRMA essa mulher furiosa que com seu arrasador andar nos dá uma lição de política prática.
Anuncia que vai para Cuba e que daí viajará, como qualquer balseiro, rumo à Flórida para buscar o sonho americano.
Oh, surpresa! O sonho americano consiste em um grito que diz " lá vem a Irma, salve-se quem puder". As pessoas correm ao supermercado para acumular comida até de desabastecê-lo totalmente. As pessoas, em seus carros, procedem à evacuação gerando o bloqueio das vias. As pessoas pensam se está em dia o pagamento do seguro.
A população de Flórida foge da fúria de Irma, em sua fuga a gasolina se esgota e as vias se engarrafam com a quantidade de carros. Em sua fuga movida por combustível fóssil, garantem que virão mais furacões ainda maiores.
Já Cuba, uma pequena ilha bloqueada por décadas pelo poder econômico americano mas solidária, de imediato formam-se as brigadas de trabalho, que são a forma organizada de defender o outro, o vizinho, o irmão, o desconhecido. Uns põem a comida e os medicamentos de todos a salvo; outros se ocupam de lhe fazer manutenção do saneamento básico para mitigar as inundações; podam-se as árvores para que os ramos não sejam projéteis assassinos; ocupam-se de levar as pessoas a refúgios e instalações militares seguras. Ante o perigo coletivo, o plural é a resposta. A ira de Irma encontra um povo, por amor e por dever reunido.
Antes de morrer, Irma saberá que sua ira é inútil quando há um muro de corações que se juntam.
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