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A Política é um dever do católico.

  • Fabiana Gomes
  • 25 de set. de 2017
  • 2 min de leitura

Sempre dizemos que Religião e Política não se discute, mas será verdade?

O Papa Francisco recordou um ensinamento da Igreja acerca da participação dos leigos na política. Respondendo à pergunta de um jovem, o Santo Padre afirmou que "temos que nos envolver na política, porque ela é uma das formas mais altas de caridade".

Ele ainda questionou pelos quais motivos está "suja": "está suja por quê? Por que os cristãos não se envolveram nela com espírito evangélico?". Para o Santo Padre, o fiel não pode se fazer de Pilatos e lavar as mãos. "É fácil colocar a culpa nos outros, mas e eu, o que faço?", perguntou Francisco ao grupo de estudantes do Colégio Jesuíta da Itália, durante um encontro, no Vaticano.

O alerta vem em boa hora, sobretudo quando se vê a aprovação de leis cada vez mais injustas em países de longa tradição católica. Esse declínio dos princípios cristãos deve-se, entre outras coisas, à negligência dos leigos e pastores e a negligência de muitos políticos que se dizem cristãos, mas na prática, professam outras doutrinas. Embora se tente dizer que é vedado à Igreja opinar sobre questões ligadas ao Estado, o Papa Bento XVI, por ocasião das eleições de 2010, lembrou aos bispos brasileiros que "quando os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas".

Um documento da Congregação para Doutrina da Fé, assinado pelo então Cardeal Joseph Ratzinger em 2002, sobre a atuação dos leigos católicos na política ensina precisamente isso: "não pode haver, na sua vida, dois caminhos paralelos: de um lado, a chamada vida espiritual, com os seus valores e exigências, e, do outro, a chamada vida secular, ou seja, a vida de família, de trabalho, das relações sociais, do empenho político e da cultura".

E aqui deve-se trazer à memória o testemunho contumaz de vários santos, como São Thomas More, que sofreram o martírio por se recusarem a obedecer leis contrárias à reta moral. Ensina o Catecismo da Igreja Católica que "se acontecer de os dirigentes promulgarem leis injustas ou tomarem medidas contrárias à ordem moral, estas disposições não poderão obrigar as consciências" (1903). Ademais, continua o Catecismo, "a recusa de obediência às autoridades civis, quando suas exigências são contrárias às da reta consciência, funda-se na distinção entre o serviço a Deus e o serviço à comunidade política", (2242).

A história dos últimos vinte anos mostra de maneira incisiva o declive no qual se coloca a sociedade cristã, quando esta não assume de maneira responsável seus encargos na esfera política. Vê-se a ascensão de governos anticristãos coniventes com todo o tipo de perversidade e imoralidade. Essa crise tem uma razão, diria São Jose Maria Escrivá. É uma crise de santos. Somente um testemunho santo e piedoso terá a força para barrar o avanço do mal.

Referências

  1. Nota doutrinal sobre algumas questões relativas à participação e comportamento dos católicos na vida política

  2. Visita "Ad Limina Apostolorum" degli ecc. mi presuli della Conferenza Episcopale del Brasile


 
 
 

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